segunda-feira, 19 de maio de 2008

Criador e criaturas

Finalmente, HOJE, consegui terminar de ver pelo menos um dos três filmes da clássica “Trilogia dos Mortos” do mestre George A. (de Andrew, acabei de descobrir!) Romero. Achei por acaso numa dessas liquidações da vida em que você acredita não haver nada de útil, mesmo assim não deixa de dar uma olhada e/ou muitas vezes “escarafunchar” a fundo à procura de relíquias (observem o efeito Indiana Jones dessa última palavra :).

Enfim, relíquia encontrada, relíquia desesperadamente comprada, sem dúvida, mesmo em se tratando do filme que dizem ser o mais “fraquinho” da famigerada trilogia, entretanto, lhes asseguro algo, como já deixei bem claro ainda não tive a oportunidade de ver os outros dois, porém, esse “Dia dos Mortos” (1985) com certeza absoluta e incondicional é muitíssimo melhor do que a maioria dos filmes de zumbis feitos depois dele, cópias muito mal realizadas desse subgênero do terror criado em 1968 por Romero com “A Noite dos Mortos Vivos”, o segundo filme é “O Despertar dos Mortos” lançado em 1978.



No meu ponto de vista Extermínio (2002), Madrugada dos Mortos (2004 - remake de Despertar dos Mortos), e Todo Mundo quase Morto (2004 - que é de chorar de tanto rir) são os melhores filmes de zumbis feitos por pessoas que não George Romero.

Extermínio

Madrugada dos Mortos

Todo Mundo quase Morto


Sabem, confesso que por tanto acreditar na competência dele já afirmei determinadas coisas por aí sem ter certeza :P.

No módulo avançado de Crítica de Cinema que terminei semana passada, alguém afirmou, aliás, começou certa frase dizendo algo como: “eu confesso ter preconceito com filmes de terror”, só isso já bastou para que eu me incomodasse e fiquei esperando pela conclusão da pergunta: “filmes assim não devem ter subtexto né?” aiai... Ok, contextualizando melhor, a citada pessoa perguntou isso ao nosso professor, estávamos numa aula cujo tema era, “O Roteiro”.

Subtexto é algo que é inerente a qualquer conversação humana, é dificílimo não encontrarmos situações nas quais as pessoas se utilizem de tal artifício, ou seja, querendo determinada informação ou precisando dizer determinada coisa, as pessoas costumam não ser diretas, fazem diversos “arrodeios” para que se chegue à essência daquilo que está sendo verdadeiramente requerido, expressado.

Qualquer tipo de filme pode não possuir riqueza de subtextos, depende do roteiro, d@ roteirista, de quem produziu, da mensagem que se deseja passar em determinada cena, restringir tais fatores aos filmes de terror, sinceramente é muita bobagem, então falei na lata antes do professor: (pois é, me meti na conversa e fui meio “esnobe”) “é óbvio que existem subtextos em filmes assim, os de George Romero são cheios disso”... Hehehe, ainda bem que eu estava certa, pow há toda uma construção política, religiosa e cultural no filme, até os próprios zumbis refletem isso se não na fala, mas nas ações (aqui me refiro especificamente ao zumbi Bub, vale ressaltar).

Bem, deixemos de lado minhas rusgas com pessoas de visão limitada, o que importa é que créditos sejam sempre dados a quem merece e George Romero no que faz é gênio!

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