A rica cultura judaica ocupa as ruas do Recife Antigo neste domingo (11) durante a 17ª edição do Festival da Cultura Judaica. A grande festa acontece na Rua do Bom Jesus, antiga Rua dos Judeus, e na Praça do Arsenal, das 15h às 21h, com apresentações culturais, barracas de artes, gastronomia, e outras atrações. A expectativa é de que mais de 20 mil pessoas compareçam ao evento, número de visitantes registrado em 2006.
Organizado pela Federação Israelita de Pernambuco, o evento conta com uma série de apresentações musicais e culturais na sacada da Sinagoga Kahal Zur Israel, a primeira sinagoga das Américas, no palco montado em frente à Torre Malakof e feira com exposição de livros, objetos de culto, filmes e principalmente gastronomia ao longo de toda a Rua do Bom Jesus.
Entre as atrações estão o grupo de Danças Folclóricas Israelís Leaká Atzlachá, o grupo de Danças Folclóricas Israelís Leaká Shalom, a cantora e compositora Regina Karlik, de São Paulo, a cantora Sofia Khozminsky, o gaitista e tocador de realejo Geraldo Azoubel, a cantora Geni Katz, o pianista Fernando Muller e o conjunto de cordas Kleizmer. Durante o domingo, a visitação a Sinagoga Kahal Zur Israel será gratuita.
Um dos destaques do festival é a cantora e compositora de música judaica Regina Karlic que volta ao Recife depois do sucesso no festival do ano passado. Mais conhecida na comunidade judaica do sudeste do país, ela já cantou para autoridades como Mikhail Gorbatchov e Shimon Peres.
Gastronomia – Com mais de cinco mil anos de história, a culinária judaica está intimamente relacionada aos preceitos religiosos. Como a pureza dos alimentos é referência essencial para o povo judeu, a culinária é baseada em aves, vegetais, carne bovina e uso de ervas. Para os mais ortodoxos, além dos alimentos, os utensílios e panelas também devem ser Kasher (puros) para que a cozinha seja autêntica. Uma panela em que tenha sido preparada uma carne, por exemplo, nunca poderá ser usada para ferver leite, por exemplo.
No Festival poderão ser percebidas as relações entre os hábitos de alimentação e cultura judaica ao longo da história. A preparação dos quitutes que serão vendidos na Rua do Bom Jesus é de responsabilidade de um mutirão culinário organizado pela comunidade judaica do Recife.
As cozinheiras mais experientes transmitem às mais jovens os segredos de pratos como o guefilte fish (bolinhos de peixe recheados e adocicados), varenikes (pastéis de batata cozidos com recheio de cebola) e fluden (doces de nozes, castanhas, damasco e massa folhada). Serão apresentados pratos típicos tanto da culinária judaica, que tem maior influência européia, quanto da cozinha típica de Israel, com características marcantes de origem árabe
Fonte: Pernambuco.com
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