quarta-feira, 26 de março de 2008

Sem terapia, sem esperança e com muito, muito ódio...

... de absolutamente tudo, de todas as criaturas, animais, vegetais, minerais, imateriais, invisíveis, visíveis... Ódio do mundo, da galáxia, de todo o universo, mas principalmente de mim mesma.

Algo tão centrado e focalizado contra mim, que se torna impossível conter e fingir não existir.

As marcas na pele são feridas abertas mais que evidentes, são descaradas e absurdamente reveladoras e imprudentes, denunciantes de movimentos autodestrutivos repetitivos e inquietantes.

Procuro uma maneira de escapar disso, sinto ódio de sentir ódio, paro, penso e as feridas expostas doem...

Não tenho como salvar-me dessa dor, dessa angustia, dos momentos de profundo desespero nos quais me balanço qual autista, mas sem o provável alheamento da realidade...

O ar também já é “escasso”, pois já foram várias às vezes em que o procurei deliberadamente, me esforçando para senti-lo entrar e sair, tendo a consciência absoluta de ser uma função “automática” do corpo...

Estar tão fora de controle assim é sufocante, desconcertante, exasperante e todos os “antes” que indiquem tal condição...

Nem sei o que escrevo, só sei que preciso, por isso está aqui!

Um comentário:

Anônimo disse...

Que triste, amiga.......
Abração, Nilza.