quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Bug

    Bug
    (título original)

    Possuídos
    (título em português)

    Elenco: Ashley Judd, Michael Shannon, Lynn Collins, Harry Connick Jr.

    Direção: William Friedkin

    Roteiro: Tracy Letts

    Duração: 102 min

    Gênero: Suspense

    Filme que chama atenção de cara, principalmente por quem assina a direção. Para quem não sabe, não se lembra ou simplesmente achava que ele havia morrido (como eu) William Friedkin é o lendário diretor do igualmente lendário “O Exorcista”, pois é, ele não foi alvo das várias ‘maldições’ atribuídas ao filme ou pelo menos não de certa forma, já que sua carreira não seguiu com películas de tamanho alcance e expressividade.

    Novamente prefiro o título original ao traduzido, Bug, ou seja, inseto em bom português, conta a história de uma garçonete, Agnes (Ashley Judd, no melhor papel de sua carreira) viciada em drogas: cocaína e álcool, que se envolve de maneira paranóica com o ex-militar Peter (Michael Shannon, excelente).

    A citada paranóia vai crescendo com o desenrolar do filme, atriz e ator principais encaram seus papéis de forma extraordinária. Depois do primeiro relacionamento sexual de ambos, Peter começa a ser ‘atacado’ por insetos, diz realmente poder sentir e vê-los, apesar de ninguém mais ver, nem menos nós, atentos expectadores, mas Agnes acredita e passa a sofrer do mesmo mal.

    Aqui cabe sempre a dúvida, nada de resoluções mastigadas e prontas, nada de respostas óbvias e fáceis de serem tomadas, não há sustos multipléxicos, música subindo, enquanto a câmera vai aproximando a imagem de algo e de repente... BUM... Não é para qualquer platéia, acostumada à diversão previsível e sustos idem, enquanto se come pipoca. Trata-se de um filme dito B, há aquele aspecto dos suspenses setentistas, aqueles que faziam pensar, com maior atenção à psicologia dos personagens. Pode-se ainda imaginar que tipo de distúrbio Peter poderia ter: alucinações? Esquizofrenia? Pura doidice? Por outro lado tudo que ele afirma ser, poderia realmente existir, ainda mais em tempos de Governo Bush e seus amigos, também é uma crítica ao sistema sim e se torna ainda melhor por isso.
    O final é perfeito para um filme assim, vale salientar ainda aos ainda desavisados, que assisti a esse filme em seu dia de estréia 24/07/2007 e na sala de cinema em que eu estava havia apenas mais 7 pessoas além de mim, platéia praticamente inexistente para um filme difícil sim... Ruim? Não mesmo, apenas diferente de boa parte da tosca ‘safra’ do suspense atual.

    Enjoy it!

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